Madrasta é condenada a 37 anos de prisão por espancar enteada em Linhares

A vítima é uma menina de 5 anos (na época), que foi brutalmente agredida; o pai e a mulher chegaram a ser presos

Madrasta é condenada a 37 anos de prisão por espancar enteada em Linhares
Uma mulher foi condenada nesta quinta-feira (6) a uma pena de 37 anos e 4 meses de prisão por agredir brutalmente a enteada — na ocasião com cinco anos—, em Linhares.

O caso foi descoberto em maio de 2021, após a criança dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade com lesões graves pelo corpo. À época, o pai e a madrasta da menina foram presos suspeitos de espancamento. Segundo as investigações, o pai da garota era conivente com as agressões. 

Da condenação, 26 anos e 8 meses são por homicídio qualificado tentado (que não foi consumado), e 10 anos e 8 meses por tortura. No júri popular desta quinta-feira (6), apenas a madrasta da menina foi julgada.

A defesa do pai da criança recorreu da sentença de pronúncia e o processo foi desmembrado. Por isso, ele será julgado em outro momento. Os nomes dos envolvidos não estão sendo divulgados para preservar a identidade da vítima, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad). 

Mais de 30 dias internada

A criança de 5 anos deu entrada na UPA do bairro Shell, em Linhares, na noite do dia 24 de maio de 2021, com sinais de agressão física e sexual. Devido à gravidade das lesões, a menina foi transferida para a UTI de um hospital em Colatina, no Noroeste do Estado.

O médico que atendeu a criança fez contato com o Conselho Tutelar do município, que chamou a Polícia Militar. Segundo consta no boletim de ocorrência, a criança também estava com dois dentes quebrados e os olhos roxos.

O pai e a madrasta da criança estavam no local. Ele afirmou que estava trabalhando, já ela disse que a criança sofreu uma reação alérgica a um medicamento e que, por isso, apresentava inchaços pelo corpo, além de ter desmaiado, sendo necessário levá-la à UPA.

Segundo a PM, a equipe médica do local relatou aos policiais que a criança apresentava sinais de abuso sexual e lesões pelo corpo. Diante disso, os policiais conduziram o pai e a madrasta para a 16ª Delegacia Regional de Linhares.

Na época, o chefe da Delegacia Regional de Linhares, Fabrício Lucindo, afirmou que, pelo que foi possível observar nas fotografias e nos depoimentos das testemunhas que foram à delegacia na madrugada, foi possível confirmar que a criança foi espancada.





COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA