A Polícia Civil desvendou um esquema envolvendo uma servidora pública de Linhares, e o dono de uma funerária. Conforme as investigações, os dois planejaram e executaram o crime de peculato. Desde outubro do ano passado, a funcionária faturou R$ 12,6 mil com as práticas, segundo a corporação.
Como a dupla atuava: segundo as investigações da Polícia Civil, a funcionária forneceu 15 urnas funerárias (caixões) para o dono da funerária pelo valor de R$ 2,5 mil, sem que a administração municipal soubesse. Ainda conforme a corporação, a mulher – que não teve o nome divulgado – também manipulou a quilometragem percorrida pelo homem para aumentar o valor que a prefeitura pagava mensalmente à empresa.
"A servidora foi descoberta graças à ação da prefeitura, que instalou câmeras escondidas no galpão onde ficavam depositadas as urnas e flagrou o momento que várias delas eram retiradas do local e levadas para o caminhão da funerária”, disse Fabrício Lucindo, Delegado titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Linhares
Após a descoberta, a Polícia Civil foi acionada pela Prefeitura de Linhares e deu andamento às investigações. Ao serem interrogados na delegacia, a servidora e o dono da funerária confessaram o fato. Eles serão indiciados por peculato, com pena que varia entre dois a 12 anos de prisão, se condenados. Eles respondem ao crime em liberdade, informou a corporação.
Em nota, a Prefeitura de Linhares informou que instaurou um procedimento administrativo para apurar o caso e adotará as penalidades previstas em lei, caso a participação da servidora seja comprovada.
A Prefeitura de Linhares informou que a servidora foi suspensa das suas atividades até que as investigações sejam concluídas, e o contrato com a empresa fornecedora das urnas fúnebres foi suspenso assim que as autoridades policiais foram acionadas.